De saltos altos eu me contenho... para não gritar, para não bater com os pés, para não mandar vir com toda a gente que me apareça à frente e para tantas outras coisas...
Uma mulher de saltos altos (hoje, mais altos era impossível!) à beira de um ataque de nervos, é assim que me defino hoje... Ontem terminei o dia com um banho quente e demorado e aqui confesso onde me fartei de chorar, chorar até mais não... limpei (parte) da alma e do corpo em simultâneo.
Se fiquei mais leve? Nem por isso, mas não me consegui conter...
E hoje por motivos profissionais, e não só, sinto que me estou a conter em todos os aspectos, porque eu não sou assim... sou mais do tipo vulcãozinho prestes a entrar em erupção constantemente...
Para mim parar é morrer e abrandar é começar a andar para a cova. Bem sei que Roma não se fez num dia, mas acho que se assim não foi, foi porque ninguém se lembrou de o fazer...
Tenho uma ânsia enorme de viver, viver a vida, novas emoções, novas sensações... se calhar tem a ver com o passar dos trinta, mas eu acho que não, eu sempre fui assim, apesar de ter abrandado (por momentos) o ritmo quando nasceu a minha filha... mas neste momento sinto-me preparada para voltar à carga!!
São dilemas de uma mulher de saltos altos... mas continua-me a apetecer fazer coisas, e mais coisas... e já agora gritar, mas por ora tenho de me conter!
Sabem aquela música do Robie Williams - Feel? É mais ou menos assim que me sinto....